sexta-feira, 16 de maio de 2014

Duas óperas de temática Ibérica - O Auto da Índia de Gil Vicente e A Hora Espanhola de Maurice Ravel

Duas óperas de temática Ibérica
O Auto da Índia de Gil Vicente e A Hora Espanhola de Maurice Ravel
Ópera/Comédia Musical
21 de Junho| sábado|21h30 | Grande auditório
Entrada: 10 EUROS/ Estudantes e Cartão Quadrilátero Cultural: 5 Euros
M/12 - Duração: 120 m (aproximadamente) com intervalo

 Quando duas pessoas fazem amor
Não estão apenas a fazer amor
Estão a dar corda ao relógio do mundo.

 A hora pode ser a espanhola, mas o fuso horário quer-se o português, com a carga toda que lhe reconhecemos, os sinais que o identificam, esta lusitanidade fadista, já a pensar nesse Auto da Índia que em junho daremos à estampa.
No centro das duas obras estará o tempo, pois claro. Bem entendido, que o tempo, enquanto motor da acção secundária, a coisa que mede o tamanho do desejo e o seu sufrágio, a libido e o seu capital cómico, o descomprometimento fora do acordo ou em desacordo com ele, a libertinagem, o sexo. Porque é isso que está no centro da acção. Desde o princípio, desde a pré-história da maçã. Também aí, o tempo, conceito inexistente até então, apenas dito pela palavra de Deus, que fez o mundo conforme este ou aquele calendário, mas inexistente para o homem, porque a felicidade (nesse tempo) era coisa ordinária, suprema mas sem consciência, coisa do dia-a-dia, até que Constanza, perdão, Eva, sucumbiu ao cantar de Gonzalez, perdão, da serpente. Porque o poeta é um fingidor, perdão, uma cobra falsa que promete num verso o que recusa no verso seguinte, também ele embrulhado com a sua arte, sofrendo realmente a dor que fingia sentir, como se a representasse.
Na Hora Espanhola, como no fuso horário do Auto da Índia.
As duas narrativas habitarão a mesma casa cénica enquanto contentor de possibilidades espaciais várias, mesmo que variando nas suas múltiplas possibilidades, colocando enfoque na questão do tempo, essa parcela contável (e cantável) que determina e se traduz, no dizer de uma das personagens de Shakespeare, no espaço que reduz o nosso caminho em direcção "à cova".
Antes disso, é gozar o que manda a natureza. Quem pode contrariar os versos de Vicente, que em junho haveremos de cantar, quando Constanza, perdão, a Ama, disser à Moça: Partem em maio daqui, Quando o sangue novo atiça, Parece-te que é justiça?
António Durães     
O Auto da Índia de Gil Vicente
Compositores – Departamento de Composição da ESMAE – Jorge Portela, Leonor Abrunheira, José Tiago Baptista, Bruno Ferreia
Encenação – António Durães
Movimento – Cláudia Marisa
Cenografia – Ricardo Preto
Figurinos – Filipa Carolina/ Manuela Bronze
Multimédia – Marco Conceição/José Alberto Pinheiro
Fotografia – Olívia Silva
Direcção de Cena – Raquel Raposo
Produção executiva – Inês Amaral
Produção e Direcção Artística – António Salgado
 Personagens
Ama – Ana Sofia Vintena/Mariana Picado
Moça - Mariana Picado/Ana Sofia Vintena
Lemos – Tiago Costa/Almeno Gonçalves
Castelhano – Ricardo Rebelo/Carlos Meireles
Marido– Sérgio Ramos/Ricardo Rebelo
Actores – Alexsandro miranda e Francisca Garcelan
Ensemble I&D:
Flauta, Oboe, Clarinete, Fagote
Trompa, Trompete, Trombone
Quinteto de Cordas
Piano
Lista de percussão (2 Percussionistas)
Vibrafone, Glockenspiel
Bass Drum, Snare Drum, Toms (Medio, Grave, Agudo)
tam tam, Cymbals
Wood blocks, Temple Blocks
Direcção Musical – Bruno Martins
Coordenação Musical – António Saiote
Pianistas e Correpetidores – Daniel Costa
A HORA ESPANHOLA – Maurice Ravel
Tradução libreto – Ana Sofia Vintena
Ficha Artística e Técnica
Encenação – António Durães
Direcção Musical –Bruno Martins
Cooredenação Musical - António Saiote e
Apoio Dramatúrgico e de Movimento – Cláudia Marisa
Cenografia – Ricardo Preto
Figurinos – Filipa Carolina
Desenho de Luz - Rui Damas
Som - José Prata, Renato Ribeiro, Pedro Feio
Vídeo – João Barros
Direcção de Cena - Raquel Raposo
Design Gráfico - Pedro Serapicos
Produção - António Salgado, Inês Amaral Mendes, Regina Castro
Coordenação Geral - António Salgado
Coordenação da  área de Figurinos – Manuela Bronze
Coordenação da área de Produção – Regina Castro
Coordenação DAI – Olívia Silva, José Alberto Pinheiro
Técnico de Luz – Fernando Coutinho
Fotografia – Rafael Farias
Assistente de Cenografia – Carlos Neves
Assistentes de Figurinos – Hugo Bonjour e Letícia dos Santos
Confecção Figurinos – Manuela Lopes, Olga Shumska 
Pianistas Correpetidores – Daniel Costa e David Ferreira
Intérpretes                     
Torquemada: Almeno Gonçalves/Tiago Costa    
Gonzalve: Tiago Costa /Almeno Gonçalves                
Concepcion: Ana Sofia Vintena /Mariana picado      
Ramiro: Ricardo Rebelo/Carlos Meireles         
Don Iñigo Gomez: Sérgio Ramos                         
Ensemble I&D:
Flauta, Oboe, Clarinete, Fagote
Trompa, Trompete, Trombone
Quinteto de Cordas
Piano
Lista de percussão (2 Percussionistas)
Vibrafone, Glockenspiel
Bass Drum, Snare Drum, Toms (Medio, Grave, Agudo)
tam tam, Cymbals
Wood blocks, Temple Blocks
Pianista – Daniel Costa

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