segunda-feira, 10 de outubro de 2005

Jazz em português...

Jazz
CARLOS POLÓNIA
Voz, Guitarra e Harmónica: Carlos Polónia
Guitarra e Voz: António Mão de Ferro
Baixo: Manuel Barros
Bateria: Tony Thorpe
15 Outubro sábado 23.30 café concerto
Entrada: 5 euros (preço único)

Carlos Polónia, músico multifacetado e verdadeiro homem do blues, actua no dia 15 de Outubro, sábado, no café-concerto da Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, pelas 23h30. A acompanhá-lo surgem António Mão de Ferro (guitarra e voz), Manuel Barros (baixo) e Tony Thorpe (bateria).

O humor, presente nas letras e intervenções do cantor, cria um espectáculo único e delirante, cheio de mordacidade, politicamente incómodo e de crítica de costumes, com uma sólida base musical. Nos concertos, o destaque vai assim para o humor e actualidade q.b., num espectáculo em que vale a pena estar atento às letras originais, na sua maioria do próprio Carlos Polónia e de Pedro Taveira, que sabem deixar uma boa fotografia de época, disparando farpas em diversas direcções, denunciando a hipocrisia reinante, abordando de forma mordaz temas incómodos e politicamente incorrectos como a toxicodependência, o alcoolismo, a exclusão, o nazismo, o racismo, não deixando de aprofundar assuntos como a perda, a solidão e o amor.

Polónia reconhece a inspiração na tradição da análise sociológica e crítica de costumes deixada por Gil Vicente, Bocage e Eça de Queirós. No Porto, de onde é natural, consideram-no o verdadeiro homem do blues, cantado em português, com pronúncia e gíria genuínas!!!

“Acústico”, o seu trabalho mais importante, revela uma sonoridade electro-acústica, dentro do que se pode designar como blues canção urbano. Gosta de ouvir Peter Green, James Cotton, JJ Melteau, Johny Winter, John Mayal e Steve Morse entre muitas outras coisas. Como baterista, harmonicista, guitarrista ou cantor, este músico multifacetado tem colaborado em inúmeros projectos artísticos, incluindo uma passagem pelo cinema (“Coraçõe Periféricos”, de Fernando Ávila, com argumento de Carlos Tê).

Acompanhou desde cedo o nascer do chamado Rock Português, tocando com a sua banda nas primeiras partes dos UHF e dos Afonsinhos do Condado. A sua experiência vem desde a banda de uma Igreja de Frades Capuchinhos, onde tocava bateria madrepérola, aos concertos de promoção e gravação, no papel de guitarrista e vocalista, do álbum do João C. Bom, tendo este trabalho sido produzido e apadrinhado por Rui Veloso, que inclusivamente tocou guitarra nalguns temas. Fez o trabalho diário no circuito de bares e discotecas por todo o país, durante vários anos. Recentemente participou no disco de Luís Portugal com duas canções.

Sem comentários: